Localizado a mais de 3,7 mil quilômetros do continente americano, o Arquipélago do Havaí é o grupo de ilhas mais isolado na Terra. O parque fica ao sudeste da ilha de Hawai'i, a maior e mais nova do arquipélago. Ele abriga o vulcão, ainda ativo, Kilauea, que tem uma altura de aproximadamente 1,2 mil metros acima do mar.
O Parque Nacional dos Vulcões havaiano mostra os resultados de 70 milhões de anos de atividade vulcânica, somados à migração e evolução, num meio afastado. Plantas e animais evoluíram séculos e, em casos, milênios, numa quase total isolação, o que faz com que mais de 90% da flora e fauna nativas sejam somente encontradas no Havaí. Esse fenômeno chama-se endemismo, e aqui é tal e tão alto que ultrapassa até o das ilhas Galápagos, o que faz do Parque Nacional dos Vulcões um laboratório fantástico para o estudo da evolução.
Já para quem resolve encarar o Pacífico e as mais de 24 horas que demanda para chegar partindo do Brasil, este parque é garantia de uma experiência única. Em menos de 3 horas se pode, de carro, explorar o topo do Kilauea pela rota Crater Rim, um caminho de 17 km que contorna a caldeira do topo, atravessando florestas tropicais e desertos, que dá acesso a mirantes e trilhas curtas. A rota pode eventualmente ser cortada em certos trechos devido à atividade vulcânica.
Num percurso um pouco mais longo, de umas 5 horas, é possível descer pela costa leste, seguindo o caminho da Cordilheira de Crateras, até o ponto em que um rio de lava cortou a rota, em 2003. Nesta rota, o isolamento é total. Não há água, comida ou combustível disponíveis. O cenário é único e vale investir mais um tempo. No caso, há dois campings diferentes onde montar a barraca; a estadia é gratuita e não é necessário reservar, mas a estadia máxima é de até 7 dias.Chega-se ao parque partindo-se de Kailua-Kona, Waimea ou Hilo, em não mais de 3 horas de estrada. O aluguel de um carro sai a partir de 25 dólares.
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