quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O terremoto que devastou o centro da Itália


Na madrugada da segunda-feira passada, os moradores da região de Abruzzo, no centro da Itália, foram acordados por um terremoto que atingiu 6,3 pontos na escala Richter. O tremor durou apenas trinta segundos, mas deixou um rastro de devastação por 26 cidades. O epicentro foi a poucos quilômetros de Áquila, a capital de Abruzzo. Erguida no século XIII e relí-quia arquitetônica da Itália medieval, a cidade veio abaixo. Estima-se que 15 000 prédios tenham ruído, alguns dos quais de inestimável valor histórico, como a Basílica de Santa Maria di Collemaggio e a Igreja de São Bernardino de Siena. O Forte Espanhol, um castelo do século XVI que abriga a sede do Museu Nacional de Abruzzo, também foi arruinado. Nos arredores de Áquila, alguns vilarejos foram inteiramente destruídos. O tremor foi sentido até em Roma, a 110 quilômetros de Áquila, provocando rachaduras nas Termas de Caracala, do século III. Abalos menores nos dias seguintes dificultaram ainda mais o trabalho das equipes de resgate. No total, morreram três centenas de pessoas e outras 20 000 ficaram desabrigadas.


O terremoto em Abruzzo foi uma triste lembrança de quanto a Itália é vulnerável aos desastres naturais. O país é cortado por duas falhas geológicas, que deixam 20 milhões de seus 58 milhões de habitantes sob o risco de abalos sísmicos. Boa parte do patrimônio histórico italiano já sobreviveu a um desastre em algum momento de sua história. A Basílica de São Francisco de Assis, que abriga os espetaculares afrescos de Giotto di Bondone (1267-1337), um dos precursores do Renascimento, ficou dois anos fechada para restauração depois que um terremoto a danificou, em 1997. A região de Abruzzo, cortada pelos Montes Apeninos – formados a partir do encontro de duas placas tectônicas –, tem um longo histórico sísmico. A própria cidade de Áquila já havia sido atingida por outro abalo devastador, em 1703. A atividade vulcânica também é intensa. Os 750 000 moradores de Catânia, na Sicília, têm como vizinho o Etna, o maior vulcão da Europa. Os romanos acreditavam que ali residia o deus Vulcano, daí a origem da palavra. A cidade e outros vilarejos da região já foram soterrados pela lava em erupções antigas e, como o Etna continua ativo, vivem em alerta constante.








Camila Ferreira Ribeiro 3°Ano C

Um comentário:

  1. Parabéns pela iniciativa . O Blog está ótimo!
    Prof. Lucivânio
    luciobr2@yahoo.com.br

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