quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Terremoto mata 207 e deixa 100 mil desabrigados na Itália

Ao menos 207 pessoas morreram e outras 1.500 ficaram feridas em decorrência do terremoto de 6,3 graus na escala Richter que atingiu a região de Abruzzo, no centro da Itália, na madrugada desta segunda-feira (6), segundo confirmou o premiê italiano, Silvio Berlusconi. O primeiro-ministro informou nesta terça-feira (7), que 17 corpos ainda não foram identificados.

O epicentro do tremor, que ocorreu às 3h32 desta segunda (horário local), 22h32 de domingo (horário de Brasília), foi localizado a 10 quilômetro de L'Aquila, 68 quilômetros a oeste da cidade de Pescara e 95 km ao nordeste de Roma. O Instituto de Geofísica dos EUA afirma que a magnitude do tremor foi de 6,3 graus, no entanto, o Instituto Nacional de Geofísica da Itália diz que foi de 5,8 graus.

Equipes de resgate usaram escavadeiras e as próprias mãos na busca por sobreviventes. Mais de 24 horas depois de que o tremor sacudiu a região, equipes de emergência retiraram dois estudantes na manhã desta terça-feira dos escombros de prédios em L'Aquila.

Cerca de 100 pessoas foram retiradas dos escombros. Mas com muitos ainda desaparecidos a Defesa Civil diz que as esperanças de encontrar mais alguém com vida diminui a cada hora.

A imprensa estima entre 10 mil e 15 mil o número de edifícios atingidos pelo terremoto, entre eles prédios novos e contruções do século 15.
Segundo o Consulado do Brasil em Roma, ainda não há informações sobre brasileiros feridos. Nenhum brasileiro entrou em contato com o serviço consular para alegar problemas causado pelo terremoto. O Consulado não soube precisar o número de brasileiros que vive na região de Abruzzo.

Alguns moradores da cidade de L'Aquila, a leste de Roma, na região montanhosa de Abruzzo, fugiram para as ruas na hora do tremor. A região foi a mais atingida pelo terremoto. De acordo com a imprensa local, diversos edifícios do centro histórico foram danificados e algumas residências desmoronaram, deixando dezenas de feridos e milhares de desabrigados.

"A situação é muito grave, porque o abalo afetou edifícios", disse Luca Spoletini, porta-voz do Departamento de Proteção Civil Nacional. Imagens de televisão mostraram as equipes de resgate socorrendo vítimas entre os escombros, muitas delas sangrando, que aguardavam para serem transferidas para os pronto-socorros da região. Parte do principal hospital da cidade teve que ser interditada porque havia risco de desmoronamento. Segundo a agência de notícias Ansa, entre as vítimas na cidade de L'Aquila, estariam quatro crianças. A cúpula de uma igreja na cidade desmoronou, além de sérios danos na catedral.

Moradores de diversas regiões da Itália, incluindo a capital Roma, que raramente é atingida por terremotos, sentiram o tremor.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, cancelou viagem que faria a Moscou por causa do terremoto em L'Aquila para ir até a região atingida. Berlusconi decretou estado de emergência, para liberar recursos para reconstrução da região.

Berlusconi anunciou que o governo irá instalar cerca de duas mil tendas de campanha para alojar entre 8 a 10 pessoas por barraca.

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